domingo, 2 de maio de 2010

Talvez e com certeza

Talvez ou quem sabe com toda certeza, é tudo diferente. Bem que mesmo ouvindo as coisas rotineiras de sempre a respeito de suas feições “jovens”, a amadurecência está em vigor. Ó, que grande descoberta essa! Podem atribuir os mais diversos motivos, mas talvez, ou com certeza os opostos . A menina moleca com cara de boneca, está sendo submetida a sessões de botox, mantidos com tratamentos cosméticos importados, peeling de cristal, exfoliações, hidratações e tonificações da tez para mantê-la jovem? Pode ser que sim, embora a boneca não queira exatamente isso, ou queira. Ao mesmo tempo confusa e segura. A menina bordada e pintada de um colorido único, agora esboça e engrossa a face com tons pasteis( sim porque os ditongos abertos perderam o acento agudo de acordo a reforma ortográfica, em vigor e a rigor).Tenta mudar as feições mas não é bem assim que as coisas funcionam, talvez e com certeza as coisas tomaram rumos diferentes, sim tomaram. Na verdade , fugiram de seu controle. Boneca de porcela e sapatinho de cristal, torcem e contorcem-se antes que termine o dia, precisa apenas mostrar o sorriso a Ingenuidade. Ela sempre ali tão presente não percebe o vendaval que passou e modificou e confundiu e descobriu o que estava tão bem esquecido. Seria péssimo não lembrá-la . As feições modificadas, alguns pedindo, implorando para permanecer intocadas. Percebo sim certa tristeza. O olhar que vaga pelo infinito buscando as palavras certas e a hora oportuna para exteriorizar a sentença que deve ser cumprida. Talvez e com certeza há um vazio, ou quem sabe dois vazios. Infinitamente imensuráveis. Gritar não adianta muito, tão aflita . Não há palavras ou canções. Não há nada. SÓ o cheiro, a necessidade da presença. Esperar, calar, mudar. TANTO verbo que não é conjugado, nem na primeira pessoa nem na terceira do singular. Talvez e com muito mais certeza a primeira pessoa do plural saberia melhor resolver essa situação. Seguir o caminho bem á frente, ou partir pela estrada desejada no sonho perdido sem futuro.Devaneios, ouvindo tudo, a nada deu-se ouvidos. Nada tem volta, o tempo perdido ....Ah! Esse então é infinitamente precioso. Recolhem-se forças, otimismo, pega-se o ânimo sei lá de onde, mas é isso mesmo que deve ser feito.Sobra espaço, falta pouca coisa. Sobram medos, falta perdê-los ou melhor, jogá-los fora, pra longe. Não sobra paciência, mas ela é necessária, sobra espaço dentro do abraço, e falta muito pra dizer, como sempre, não consigo.


"NÃO ESTAVA BEBADA QUANDO ESCREVI ISSO, TALVEZ QUANDO POSTEI"

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