domingo, 27 de janeiro de 2008

Ivan

Lembrar de você é uma constante. Sua presença entre nós permanece viva em nossa memória.Quem iria esquecer o melhor goleiro do Odontobol. Papai do céu só nos deixou um pouquinho longe, sentimos tanta saudade! Hoje estamos realizando um sonho do qual você também faz parte .Depois de tantas coisas é chegado o dia, somos Cirurgiões-Dentistas.Onde estiver temos certeza que está vibrando por nós, porque esta conquista é nossa. Agradecemos a Deus a oportunidade de ter sua doce amizade como um valioso presente e certamente será eterno.Á você nossa homenagem.

Só sei que passou rápido demais


22 de abril de 2003, nossa vida na ufal começa, 1ª aula, metodologia científica, é hora da turma se apresentar. Epa tem gente faltando, professor espera, o resto ta chegando. Pois então, ninguém sabia onde era a sala de aula, aos pucos fomos aprendendo a circular pela ufal. Hora de se apresentar, nome, de onde veio e pq escolheu odonto? Tantas perguntas responder tudo isso na frente de um povo estranho.Alguns tinham as respostas espremidas na timidez, outros tagarelas eram capazes de contar o resumo da vida naquele momento.Uns viviam a odonto desde pequenos, nas clínicas de parentes já dentistas, outros mencionavam a tão famosa vocação,uns queriam uma chance de dar certo na vida, outros deixam explícita uma paixão sem precedentes,na verdade todos estavam ali por um único objetivo, a realização de um sonho, agora concretizada e estampada num belo sorriso.Foram horas e mais horas de estudo pra entrar na faculdade, e muitas e muitas outras noites mal dormidas, ou nem dormidas pra dar conta das anatomias, endodontias e ortodontias da vida. Os jalecos manchados de revelador das radiografias da endo, os olhos vermelhos de tão irritados com o formol da anatomia de tantos sábados passados no anatômico pra revisar antes da provas. Foram fios e mais fios de orto pra dobrar e machucar nossos dedinhos,foram espirros e mais espirros da alergia ao sabão brilhante da esculturaGanhamos duplas para trabalhar na clínica, duplas essas que ultrapassaram as barreiras meramente profissionais e viraram mais que amigos de fé, viraram irmãos e irmãs que levaremos guardados no coraçaõ por toda vida.
Tanta coisa aconteceu, alguns não seguiram a caminhada por nós trilhada, partiram para outras estradas outros rumos, em busca de novos sonhos. Já outros nos deixaram pra moram junto ao papai do céu, mas até hoje estão presentes em nossas lembranças e em nossos corações. Ivan, essa conquista também um poucos de voçê.
O mostro de sete cabeças que pintavam a anatomia não foi bem o que encontramos, com o Tio Bê, tinhamos não um professor, mas um pai para cada um de nós. Com ele tivemos lições para toda a vida. Aprendemos a levantar depois de uma queda feia, aprendemos que depois de um erro há uma chance , uma oportunidade pra consertar. A vc tio BÊ nossa gratidão e nosso eterno reconhecimento por tudo que fez por nós.

Ai ai , os intervalinhos da aula da pletch, eram essencias para as paradinhas lá na xerox,ou mesmo pra dar uma escapulidinha e ir mais cedo pra casa.
E nossos desenhos da histologia,muita gente ganhava ótimo, já outros, olhe lá se conseguiram um mero bom.Ah!!!!!!Quem quebrar a lâmina paga r$ 10,00.Dentinho de sabão????Até hoje tem gente com alergia a sabão brilhante.
No Odontobol passamos da fase do iiii só atende manequim........, para ser moral no quinto ano.Passamos por aperreios na dentística, aperreio em massa, sabe aquela história de unuidos venceremos? Bem que funcionou neh? Todo mundo na final. Epa, teve uma exceção,que já tinha pago a matéria, detalhe: sorte dela.MAS esteve sempre com a gente dando força. Pois então, tem aquela frase que fala “ no final tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao final, pois então tudo acabou bem, e aqui estamos pra comemorar a concretização de 5 anos intensamente vividos.

Ao cadáver desconhecido


Psiu! O silêncio toma conta do anatômico. A prova está prestes a começar. Antes, revisar um pouco. Com o roteiro das aulas práticas em mãos tentamos identificar no atlas as estruturas propostas. A prova começa. Alfinetes e mais alfinetes coloridos

Dão um ar menos sombrio ao corpo estendido sobre a mesa. Espetam as peças anatômicas e com eles perguntas: Quem sou eu? Qual minha função? O tempo era curto, 1 minuto para cada mesa, o soar das palmas do professor indicavam que o tempo acabou. Passávamos de uma mesa para outra até a mesa 10. Terminando a prova logo tínhamos outras perguntas: o gabarito saiu? Qual será minha nota .Passados os anos, acabaram as provas de anatomia, mas uma pergunta conhecida sobre aquele cadáver das aulas de anatomia “Quem sou eu? ”hoje viemos responder. Vós sois mais que indigente, para nós a alcunha de cadáver desconhecido é menos importante. Para nós tu fostes fonte de aprendizado e serviste para o aperfeiçoamento do nosso conhecimento. Aprendemos muito com sua doação e aqui estamos para agradecer sua contribuição para nossa vida profisional .A você que para nós nunca será desconhecido , nosso obrigado.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Onde está meu sorriso?


Ás vezes dá vontade de dormir e acordar sóq uando tudo fôsse resolvido, quando não mais houvesse perturbações pra minha cabeça. é bem estranho, é como se eu quisesse ostentar um sorriso de cantoa canto do rosto, mas é como algo impedisse, qualquer projeto de um esboço de sorriso amarelo.A aparência mostra-se abatida, se não já fôsse bastante a palidez natural fruto de falta de esposição aos raios solares.
Procuro manter a paz interior, orações pra acalentar a alma. Busco proteção, refúgio.Onde está minha alegria? Cadê meu sorriso?
Não, não sou. Apenas o retrato de cabeça cheia de problemas, de anos envelhecidos.
Não sei bem descrever essa situação, seria apenas uma fase, apenas dias sofridos de uma vida que ainda precisa aprender a viver.

A vida fez-me assim, muitas vezes um livro aberto, em outras um enigma.
Preciso do orvalho das manhãs, da suave canção dos pássaros ao entardecer,
preciso de luz, de ar.
Não posso ficar envolta por escura névoa a encobrir minha superfície.
Isso sufoca. Preciso viver, respirar, não em função de um todo como sempre fiz.
Mas por mim.
As coisas vão ganhando uma dinâmica própria, cujos resultados surpreendem.
Ao mesmo tempo forte e frágil demais.

Por que isso?


É péssimo não ter nas mãos o controle da situação,
Devia ser proibido existir sofrimento, deveria ser
banido qualquer tipo de coisa ruim.
Só torço pra que tudo acabe bem
Quero a paz de volta.
Sempre tudo foi tão perfeito, com problemas normais,
nada tão sério, nem tão pouco trágico.
Nada que interrompesse a integridade da minha PAZ
E veio agora, tudo de vez, em forma de avalanche.
Palavras mal colocadas, insinuações, só tendem a piorar
o quadro que já não é favorável.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Minha paz se foi assim


É horrível, tanta coisa foi acontecendo, se acumulando. Mágoas parecem que fizeram um imenso depósito que lotou pilhas de almoxarifados.São tiros, balas perdidas e atiradas rumo a amargura, ao sofrimento mútuo, seja por parte de quem atira como de quem recebe a bala que se aloja e vai se acumulando a tantas e tantas outras anteriormente atiradas.O sofrimento é mútuo. Lembranaças só deixam as feridas em carne viva, não cicatrizam. Pra que remoer, pra que sofrer mais?Pra que alimentar o sofrimento, tristezas, e dor? Pra quê? Por quê?
Tenho medo
Tenho pânico
Temo mais tragédias aconteçam
Temo,
Temo,
Só temo.
Não quero perder o que restou da minha PAZ.